terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Perfeição.


Terça feira de carnaval. 22:15 da noite. Estou em casa, trancado em meu quarto ouvindo músicas e me afundando em meus próprios pensamentos amargos. Não estou bêbado, não estou drogado. A fúria e desespero em meus olhos são resultados de uma coisa pior que isso.
Sinto como se eu não passasse de um palhaço, um bobo da corte. Mas palhaços também choram. Palhaços também precisam de ajuda.

Acordo todos os dias as 7 da manhã contra a minha vontade e vou para um lugar que costumo chamar de trabalho. Faço isso porque alguém em algum lugar da história disse que nós seres humanos precisávamos fazer alguma coisa, precisávamos ser alguém. Eu trabalho, estudo, passo cerca de 18 horas fora de casa, juntando dinheiro e conhecimento. Me tornei uma espécie de escravo do trabalho.

Mas nunca é o suficiente...

Dizer que me sacrificaria por alguém que me importo chega a ser pouco. Mas eu não posso fazer tudo sozinho. Também preciso de ajuda, também preciso de alguém que esteja ao meu lado quando eu mais precisar. Sou temperamental, impulsivo e arrogante, uma personalidade difícil de lidar. Mas eu nunca disse que é fácil me acompanhar.

Você consegue me acompanhar?

...


De alguma forma fui jogado nesse mundo insano prestes a explodir. Sozinho.
Frequentemente ouço dizerem: "Desistiu?" ou então: "Você não vai conseguir" E estou cansado disso. Cansado de acharem que sou um otário que não sirvo pra mais nada do que colocar um sorriso em seus rostos sujos. Cansado de acharem que são melhores do que eu.
E a verdade: Nenhum de vocês é.

Eu prometo!
Vai chegar o dia em que vocês ficarão de joelhos e pedirão perdão por todas as merdas que me falaram em toda minha vida. Mas eu não vou conceder.
Em minha primeira oportunidade, vou fugir daqui e fazer meu nome.
Não sou apenas um bobo da corte.

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