terça-feira, 17 de maio de 2011

Uma coisa louca chamada amor.


“Algumas pessoas diriam que foi obra de Deus, outras diriam que foi simplesmente acaso, talvez dissessem até que foi pura sorte. Mas mal sabem elas, que não há um sentido por trás disso, não é como uma equação matemática ou um cálculo de física. Essa é a coisa louca chamada “AMOR”. Ele pode não durar pra sempre como em contos de fadas, mas se for real, vai te acompanhar pelo resto da vida em sua memória.”

  Em uma noite quente de outono, Wesley, um garoto qualquer sem objetivos e com um visual rock ’n roll de cabelos arrepiados, sai pelas ruas da cidade com seus colegas em busca de alguma aventura, seja ela qual for. Até então, nada, absolutamente nada que daria a entender que aquela noite, seria diferente. Que aquela noite, seria especial.

- Há uma festa de aniversário bem próximo daqui, vamos? – Disse Thiago, um dos meus colegas.

  E bastaram apenas alguns minutos para que nós chegássemos ao local da festa, e, mesmo não sendo convidados, conseguimos entrar. Para manter a discrição, decidimos nos separar e aproveitar a festa, cada um da sua maneira.
  Não perdi tempo e comecei a me deliciar com os comes e bebes da festa, aumentando minha barriga em uns cinco centímetros. A comilança foi tanta, que comecei a me sentir mal, uma sensação de que havia uma bomba nuclear dentro de meu estômago que poderia explodir a qualquer instante. –Acho que vou morrer... Nunca mais vou comer assim. – Entre resmungos, essa era minha principal reclamação. Desnorteado e com uma tremenda má digestão, resolveu me distanciar da festa, indo para um pequeno playground próximo ao salão. Nesse instante, me deparo com uma linda garota de cabelos escuros, rosto delicado e sorriso perfeito, Giulia.
  Naquele instante, mal pude prestar atenção na garota que também estava de penetra na festa, eu queria mesmo era um remédio. Porém, conseguimos manter uma boa conversa a garota parecia me agradar de algum jeito estranho que eu não consegui entender. Isso é, até ela dizer que tinha namorado, e esse tal namorado, costumava ser meu conhecido de infância. (que azar!) Nesse momento não consegui construir sequer uma frase completa para continuarmos a falar sobre qualquer coisa. Eu estava “chocado”, só não sabia o porquê. Ainda.

  Alguns dias depois, uma notícia chega até mim “Giulia terminou com o namorado” – Dizia uma de suas amigas, Letícia.
  Aquilo me deixou feliz, e eu ainda não entendia o porquê. Nas semanas seguintes, mantivemos um grande contato, Giulia me ligava pra contar as novidades, perguntar se estava tudo bem e me chamar pra sair. Eu me sentia bem em passar um tempo com ela, de certa forma, aquela garota me fascinava.

Meu telefone toca:
- Wes? Amanhã vai ter a final da copa Sepp de futsal, quer ir? – Giulia perguntou, entusiasmada.
- Claro! – Não demorei nem sequer um segundo para responder a pergunta.

  Giulia me fascinava tanto, mas tanto, que chegava a desativar minhas defesas, todas elas. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que quando ela chegasse perto de mim, meu corpo reagiria de forma estranha, meu coração começaria a bater aceleradamente, minhas pernas tremeriam, eu mal conseguiria manter contato visual com ela por mais de trinta segundos. Por dias, achei que estava ficando louco.
  Em meio a uma conversa confusa e sem sentido, resolvi fazer um teste com ela, um teste de confiança. Pedindo para ela guardar cinco palavras aleatórias, na seqüência. Sendo elas: Luz, plástico, árvore, cabelo e telhado. Completamente sem sentido algum! Porém ela passou, (inclusive, ela se lembra das palavras até hoje, um ano depois)
  Bem, o problema então não estava com ela, já que passou no meu teste maluco de confiança, o problema era eu! Mas, o que, na verdade? Algo que eu jamais senti antes, como uma reação automática ao ouvir seu nome ou pensar em seu sorriso.
  Me lembro exatamente, estávamos embaixo de uma árvore, eu cobria minha cabeça com o capuz de minha blusa enquanto serenava pouco, naquela noite de sexta feira.
  Então, um silêncio tomou conta do ambiente, ao menos entre nós dois, a troca de olhares era intensa, antes que eu delirasse por alguma razão, tive que perguntar:

- Giulia, me diz uma coisa... Você é boa em perdoar as pessoas?
- Depende...
- Não, acho que você não entendeu minha pergunta. Você é boa em perdoar as pessoas?
- Ah, acho que sim.
- Então... Acho que vai ter que me perdoar.

  Nesse momento, meu mundo parou! Tenho em minha memória o momento exato do nosso primeiro beijo. O beijo que mudaria pra sempre... A minha vida.
  Onze meses depois, acabamos nos separando. Mas ainda assim, trago as lembranças em minha memória. Trago os sorrisos, as brincadeiras, e principalmente, aquela frase... Não a que é capaz de mudar o mundo, mas sim, a que é capaz de tornar o mundo de alguém, melhor. “EU AMO VOCÊ.”
 Essa, é a minha coisa louca chamada amor.


Texto utilizado no concurso "Amor em quadrinhos" realizado pelo Vale Sul Shopping de São José dos Campos - SP.

3 comentários:

  1. Conhecia essa história, mais claro que não poderia perde-la de novo, arrasou no texto Wes *---*

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  2. nussss!!
    O Ipad é seu já!! haha


    *se estou certo, e um ipad o premio né? asdauhas

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